Quem visita Lisboa, tem que quase obrigatoriamente experimentar a sua bebida típica, a Ginjinha ou simplesmente Ginja, é um licor obtido a partir da maceração da fruta da ginja, similar à cereja, bebida doce, de sabor frutado e a especiarias, com cerca 20º álcool, produzido na zona de Lisboa, Alcobaça, Óbidos, Algarve e famosa em todo o Portugal.
É costume servi-la “Com elas”, com
algumas frutas curtidas da ginga no fundo do copo, ou quando pura, “Sem elas”,
a qualquer hora, e não há pretextos para bebe-la, e provar estão os horários
das tascas, 08h00 as 24H00.
Para além de experimentar a Ginjinha
pode visitar as tascas Centenárias que ainda mantêm a sua traça original. Os dois
locais mais famosos em Lisboa são, a “Ginjinha Espinheira” no Largo de São
Domingos, e, logo a poucos passos, a “Ginjinha Sem Rival” nas Portas de Santo
Antão.
A Ginjinha, no Largo de S. Domingos, tem o nome
do original proprietário, galego, o “Espinheira”, e foi inaugurada em 1840 como
o primeiro estabelecimento a comercializar a bebida. Diz-se, que por conselho
de um frade da igreja de Santo António, Espinheira fez a receita de deixar
fermentar as ginjas dentro aguardente, açúcar, água e canela. Depressa se
tornou um sucesso, por ser doce, saborosa e barata, e hoje é sem dúvida a
bebida típica de Lisboa.
Logo ao lado pode experimentar a Ginjinha “Sem Rival”, fundada em 1890, na Rua das Portas de Santo Antão, espaço com pouco mais do que um balção de mármore e exposição dos seus produtos, onde pode também provar o “Eduardinho”, licor com base na ginja mas com mistura de anis e que muitos consideram até melhor que a ginjinha.
Nestes espaços únicos espera-se um atendimento
simpático e simples, por serem espaços pequenos, o convívio é feito na rua à
porta das tascas, aproveitando o ambiente e pondo a conversa em dia enquanto disfruta
da sua ginjinha.
Se não conseguir visitar estes locais, pode sempre pedir uma ginjinha em restaurantes ou cafés, podendo até ser servida em copos de chocolate, e existem dezenas de marcas no mercado. Acima de tudo desfrute deste néctar centenário, mas com a certeza que não terá a mesma experiência que é ser servido nos locais originais.
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